O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu antecipar o julgamento da denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Antes previsto para ocorrer entre 21 de novembro e 1º de dezembro, o caso foi remarcado para o período de 14 a 25 de novembro.
A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o parlamentar de coação durante sua passagem pelos Estados Unidos. Segundo o órgão, Eduardo e o comentarista Paulo Figueiredo teriam tentado “constranger o Poder Judiciário brasileiro” e criar obstáculos às investigações sobre a tentativa de golpe ocorrida após as eleições de 2022.
Representado pela Defensoria Pública da União (DPU), o deputado nega as acusações. A defesa argumenta que não há provas de que ele tenha exercido qualquer influência real sobre decisões soberanas dos Estados Unidos ou tentado interferir nas investigações conduzidas no Brasil.
Com o julgamento antecipado, o STF coloca o caso em destaque na agenda do mês, reacendendo o debate sobre os limites da atuação política no exterior e a responsabilidade de agentes públicos brasileiros em episódios de pressão institucional.
