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Armas apreendidas em megaoperação no Rio somam mais de R$ 12 milhões, revela governo ao STF

O governo do Rio de Janeiro informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as armas apreendidas durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, em 28 de outubro, ultrapassam o valor de R$ 12 milhões. O levantamento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF 635, que trata das operações policiais em comunidades do estado.

De acordo com o documento, foram apreendidas 122 armas, sendo 96 fuzis, 25 pistolas e um revólver. O relatório destaca ainda que o armamento é avaliado em um valor milionário, evidenciando o poder de fogo das facções criminosas que atuam na região.

A operação, que tinha como um dos objetivos capturar Edgar de Andrade (“Doca”), apontado como líder do Comando Vermelho, resultou também em 121 mortes, segundo dados encaminhados pelo governador Cláudio Castro ao STF.

O governo estadual afirma que a ação foi “estratégica e necessária” diante do avanço das milícias e facções rivais no território. Já entidades de direitos humanos voltaram a cobrar transparência sobre o número de mortos e as circunstâncias em que ocorreram as mortes.

A megaoperação foi uma das maiores já realizadas no Rio em 2025 e reacende o debate sobre os limites da força policial, a política de segurança pública e a efetividade das ações repressivas nas favelas cariocas.

O caso segue sob análise do Supremo, que deve avaliar se houve descumprimento das diretrizes estabelecidas pela ADPF 635, que visa restringir o uso da força em áreas densamente povoadas e garantir maior controle judicial sobre as operações.

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