O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, nesta terça-feira (4), o registro do partido Missão, legenda criada pelo Movimento Brasil Livre (MBL). Com a decisão unânime dos ministros, o Missão se torna oficialmente o 30º partido político do Brasil.
O relator do processo, ministro André Mendonça, destacou que o estatuto da nova sigla precisará passar por ajustes em até 90 dias para atender plenamente às exigências da legislação eleitoral. Apesar disso, o grupo já está autorizado a atuar politicamente e a se organizar em todo o país.
Segundo o MBL, o Missão nasce com mais de 590 mil assinaturas de apoio e se propõe a representar uma “nova direita” no cenário político nacional. Entre as principais bandeiras do partido estão o combate ao crime organizado, a redução do tamanho do Estado e o fim dos privilégios no serviço público e no lobby privado.
O deputado federal Kim Kataguiri (SP), um dos líderes do movimento, afirmou que a legenda pretende lançar pré-candidatos à Presidência da República, além de disputar os governos de São Paulo e Rio de Janeiro em 2026.
“O Missão surge para enfrentar o crime organizado e promover uma reforma radical do Estado. É um partido que acredita na responsabilidade individual, na liberdade e na eficiência”, declarou Kataguiri após a decisão do TSE.
Com a entrada do Missão no sistema partidário, o Brasil passa a ter 30 partidos registrados oficialmente, o que reforça a fragmentação política e pode influenciar diretamente as articulações para as próximas eleições.
Nos bastidores, analistas avaliam que a nova legenda deve atrair quadros e eleitores da direita liberal, além de disputar espaço com partidos como o Novo e o PL. Ainda assim, o MBL enfrenta o desafio de consolidar sua base nacional e transformar sua atuação digital em votos reais nas urnas.






