A liquidação do Banco Master reacendeu o debate sobre o futuro do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Com a quebra da instituição, o fundo anunciou que disponibilizará cerca de R$ 41 bilhões para cerca de 1,6 milhão de credores, montante que faz deste o maior resgate da história do FGC.
O FGC — que tem patrimônio estimado em aproximadamente R$ 160 bilhões e cerca de R$ 120 bilhões com liquidez imediata — disse ter recursos suficientes para honrar os pagamentos.
Apesar disso, bancos de grande porte enxergaram na crise do Master uma chance de pressionar por revisão nas regras de cobertura do fundo. O debate inclui propostas de mudanças como alterar a cobertura máxima por cliente (hoje em R$ 250 mil por CPF/CNPJ por instituição) e revisar o nível de contribuição das instituições ao fundo.
Por outro lado, economistas e representantes de instituições menores defendem a manutenção das regras como essenciais para preservar a competitividade e a acessibilidade de serviços bancários a quem não opera com grandes bancos. Segundo eles, o FGC permite que bancos digitais e instituições menores disputem mercado oferecendo segurança aos investidores, o que beneficia o consumidor com mais opções e melhores taxas.
No momento, existe cautela quanto a mudanças profundas: embora o debate esteja em curso, não há consenso para reestruturações imediatas do mecanismo — que, para muitos, ainda é visto como pilar de confiança no sistema financeiro brasileiro.






