A Polícia Federal identificou um deputado federal como o principal articulador de um esquema criminoso voltado ao desvio e à lavagem de dinheiro público. Segundo as investigações, o parlamentar comandava uma organização criminosa que atuava por meio de empresas de fachada e contratos fraudulentos para se apropriar de recursos públicos.
A apuração faz parte de uma operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou no cumprimento de dezenas de mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Pará, incluindo endereços ligados ao parlamentar investigado.
De acordo com a PF, o grupo teria movimentado valores milionários, utilizando principalmente saques em dinheiro vivo como estratégia para dificultar o rastreamento dos recursos. Parte desse dinheiro, conforme apontam os investigadores, pode ter sido utilizada para fins eleitorais e para ocultação de patrimônio.
As investigações tiveram início após a identificação de movimentações atípicas às vésperas do período eleitoral, quando suspeitos foram flagrados sacando grandes quantias em espécie. A partir disso, a Polícia Federal aprofundou a análise financeira e passou a mapear a atuação do grupo.
Durante a operação, agentes apreenderam documentos, equipamentos eletrônicos e valores em dinheiro. Em um dos endereços, houve indícios de tentativa de destruição de provas, o que reforçou as suspeitas da PF sobre a atuação coordenada da organização.
Até o momento, não houve manifestação pública da defesa do deputado sobre as acusações. As investigações continuam e os envolvidos poderão responder por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e fraudes em licitações.






