O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (5) manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. A decisão ocorre mesmo com sinais de desaceleração da inflação, refletindo a intenção de conter pressões de preços e manter a estabilidade econômica.
Em seu comunicado, o Copom destacou que a economia brasileira apresenta uma inflação ainda acima da meta, especialmente em setores como alimentação e energia, e que os juros elevados são necessários para ancorar expectativas de mercado.
Analistas apontam que, embora a Selic esteja em seu nível mais alto em quase duas décadas, a manutenção da taxa é uma estratégia preventiva para evitar que a inflação volte a acelerar. “O Banco Central sinaliza que continuará atento a indicadores futuros e poderá ajustar os juros conforme a evolução da atividade econômica e dos preços”, comentou um especialista do setor financeiro.
O impacto da decisão deve ser sentido em crédito, financiamentos e investimentos, já que juros mais altos encarecem empréstimos, mas também podem atrair capital estrangeiro para títulos públicos, fortalecendo a moeda nacional.
O Copom indicou que a política monetária permanecerá restritiva até que haja sinais claros de inflação dentro das metas, deixando os mercados atentos às próximas reuniões e comunicados do Banco Central.






