O mercado financeiro brasileiro encerrou a sexta-feira (7) em clima de otimismo. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), avançou 0,47%, alcançando 154.063 pontos e registrando o décimo recorde consecutivo. O movimento reflete a confiança dos investidores diante da melhora do cenário econômico e do desempenho positivo de grandes companhias.
O dólar comercial também acompanhou o bom humor do mercado e fechou o dia em queda de 0,27%, cotado a R$ 5,3347 na venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 0,83%, indicando menor pressão cambial e possível retorno de capital estrangeiro ao país.
Entre os destaques do pregão, Petrobras foi o grande motor do Ibovespa. As ações ordinárias (PETR3) subiram 4,83%, enquanto as preferenciais (PETR4) avançaram 3,77%, impulsionadas pela valorização do petróleo e pela expectativa de dividendos robustos.
No cenário macroeconômico, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou queda de 0,25% em setembro, acumulando recuo de 3,87% no ano. O dado indica um ambiente de deflação no setor industrial, o que pode contribuir para aliviar a inflação e reforçar as apostas em cortes na taxa Selic nas próximas reuniões do Banco Central.
No exterior, a China divulgou retração de 1,1% nas exportações em outubro, frustrando as expectativas de crescimento. A notícia gerou cautela entre investidores globais, mas não impediu o avanço do mercado brasileiro, sustentado por fatores internos positivos.
Analistas acreditam que, se o fluxo estrangeiro continuar forte e a política monetária seguir em direção a juros menores, o Ibovespa pode superar os 160 mil pontos ainda em 2025. O cenário reforça a percepção de que o Brasil segue entre os destinos mais atrativos para investimentos na América Latina.
