No dia 5 de dezembro de 2025, o mercado financeiro brasileiro foi sacudido por fortes oscilações: a Ibovespa despencou mais de 4%, enquanto o dólar disparou cerca de 2,3%, alcançando ~R$ 5,43. A causa imediata: o anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência em 2026. Esse episódio revela como o mercado reage — com celeridade — a sinais de incerteza política e risco eleitoral.
O que aconteceu de fato
O índice Ibovespa teve a sua pior sessão desde 2021, refletindo o nervosismo dos investidores. O dólar subiu fortemente, resultado da fuga para “ativos seguros” diante da instabilidade percebida. A principal reação: o temor de que a eleição de um nome polarizador aumente o “prêmio de risco” do Brasil, afetando decisões de investimento.
Por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro gerou pânico
O mercado vinha em trajetória de alta, com perspectiva de estabilidade e reformas — a mudança para um candidato associado à polarização mexeu com essa expectativa. Analistas enxergam incerteza sobre a capacidade de conciliação política e continuidade de políticas econômicas responsáveis. Investidores exigem previsibilidade: quando essa se perde, a tendência é retração ou busca por segurança — dólar, títulos, etc.
Consequências potenciais para 2026 e além
A declaração de incerteza pode elevar o custo de capital no Brasil, dificultando investimentos. Empresas e investidores estrangeiros podem adiar decisões até o cenário político se tornar mais claro. Reformas e políticas estruturais podem perder prioridade, o que impacta crescimento e confiança de longo prazo.
Conclusão
A rápida e intensa reação dos mercados ao anúncio da pré-candidatura mostra que, no Brasil, os investidores valorizam mais estabilidade, previsibilidade e governabilidade do que afinidade ideológica. Mesmo sem garantias de fato de eleição, o anúncio serviu como gatilho para reavaliação de risco — e deixou claro: em 2025/2026, política e economia continuam totalmente entrelaçadas.






