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Maduro recorre a Rússia e China em busca de apoio: estratégia ou desespero político?

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mais uma vez aposta nas velhas alianças para tentar se manter no poder. Segundo reportagem do The Washington Post, o líder venezuelano teria enviado pedidos de ajuda militar à Rússia, China e até ao Irã, após novas declarações ameaçadoras de Donald Trump.

Os documentos, aos quais o jornal americano afirma ter tido acesso, apontam que Maduro busca reforço em defesa aérea, radares e manutenção de aeronaves. Para muitos analistas, o gesto revela não apenas a preocupação com uma possível ofensiva dos Estados Unidos, mas também o isolamento crescente do regime chavista na América Latina.

Desde que assumiu o poder, Maduro mantém uma relação de dependência com Moscou e Pequim — países que, em troca, garantem acesso privilegiado a recursos energéticos e influência política no continente. Agora, diante do aumento da pressão internacional e da crise interna que parece não ter fim, o presidente venezuelano tenta mais uma vez se escorar nesses aliados estratégicos.

Trump, por sua vez, negou qualquer intenção de intervenção militar direta, embora tenha mantido um discurso firme contra o governo venezuelano. Ainda assim, o simples rumor de movimentações militares americanas já foi suficiente para despertar o velho instinto de autopreservação de Maduro.

O fato é que a Venezuela continua imersa em uma crise sem precedentes — econômica, social e política. Milhões de venezuelanos deixaram o país nos últimos anos, e o regime de Caracas insiste em culpar o “imperialismo” por problemas que nasceram, em grande parte, de sua própria má gestão.

Pedir ajuda militar a potências estrangeiras pode parecer, para alguns, uma demonstração de força. Mas, na prática, soa como um gesto de desespero. Quanto mais o governo venezuelano se fecha em suas alianças com Rússia, China e Irã, mais se distancia de uma possível reconciliação com o Ocidente — e, principalmente, de uma saída democrática para o seu povo.

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