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Presidente da ALERJ, Rodrigo Bacellar, é preso pela Polícia Federal por suspeita de vazamento de informações sigilosas

Rio de Janeiro — 3 de dezembro de 2025.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), Rodrigo Bacellar, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, durante a Operação Unha e Carne, que investiga o vazamento de informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun — ação que, meses antes, levou à prisão do deputado estadual TH Joias.

De acordo com a Polícia Federal, Bacellar teria tido acesso e repassado dados internos da investigação, interferindo diretamente no andamento do caso e configurando possível obstrução de investigação criminal. A prisão preventiva foi cumprida por determinação judicial, e equipes também realizaram mandados de busca e apreensão na residência do parlamentar e em setores administrativos da ALERJ.

A investigação aponta que o vazamento prejudicou o avanço de apurações envolvendo crimes ligados ao tráfico, contrabando e atuação de facções criminosas no estado. Os agentes afirmam que novas informações surgiram nas últimas semanas, indicando que o núcleo político envolvido na Zargun poderia ter recebido alertas antecipados sobre diligências da PF.

Além deste caso, Bacellar já vinha sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por evolução patrimonial considerada incompatível com o cargo público. O inquérito avaliava negócios privados, compra de imóveis e movimentações financeiras atípicas.

A defesa do deputado ainda não se manifestou oficialmente. A ALERJ informou que aguarda acesso ao teor da decisão judicial para avaliar medidas administrativas, mas a prisão do presidente da Casa abre um novo capítulo de instabilidade política no estado.

Especialistas em legislação eleitoral e direito administrativo afirmam que, se confirmadas as acusações, Bacellar poderá responder por quebra de decoro, improbidade administrativa e crimes correlatos, o que pode levar à perda de mandato e inelegibilidade.

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